terça-feira, 23 de outubro de 2007

Taça de Portugal

Está muito bom o teu artigo Vladi,

De facto a minha primeira reacção quando vi a calendarização dos jogos, foi de que esta não era uma competição no formato de taça propriamente dita, más sim um torneio quadrangular. O que realmente se propiciou nesta competição foi o "convívio" entre atletas, que nalguns casos já não víamos a muito tempo, alguns mesmo porque decidiram deixar o nosso humilde campeonato e foram voar mais alto por outras paragens. Confesso que, feita uma análise pessoal em forma de retrospectiva, mesmo porque o meu corpo obriga a não me esquecer do árduo trabalho que deu a participação nos três jogos (é que parece que me dói tudo, até a ponta dos cabelos), reconheço que não estou ao meu melhor nível, a equipa merece mais de mim, principalmente os meus companheiros que trabalharam 100%, para dignificar a camisola e confirmar o triunfo no campeonato, se é que alguém duvida da nossa garra. A final, ou estou a ficar velho ou em relação a uns anos atrás a competitividade é maior, porque os meus colegas estão-me a deixar atrás, por um lado ainda vem, porque isso significa que estamos melhor, maiores e mais fortes, se alguém ainda não tinha reparado. Sabemos perfeitamente qual é o nosso lugar e quais as condições em que nos debatemos no basebol do dia-a-dia, o factor (não) profissional da modalidade não nos permite apresentarmo-nos com jogadores "titulares", se é que esta "taça" os tinha em alguma equipa, nem seria justo obrigar a algum atleta a abdicar dos seus maiores compromissos. A responsabilidade de construir uma equipa ampla e competitiva é nossa, para todas as competições que assumimos, e não para apresentar resultados de curto prazo. Quantos de nós nos lembramos do campeonato de a uns anos atrás, quando a equipa do Núcleo de Basebol da AAUAv foi formada, mesmo sem conseguir os grandes triunfos, sempre de cabeça levantada, com o espírito do basebol nas nossas mentes e nos nossos corações, aguentamos estes anos todos, onde outras equipas caíram e nos foram deixando, à espera deste momento de triunfo e de esplendor, ao mesmo tempo com vontade de gritar ao mundo que a vitória é nossa, do nosso trabalho e da nossa persistência, não de um momento de dois dias más de doze anos de trabalho árduo, ninguém nos tira essa alegria, essa vida é nossa. Sabemos o terreno que pisamos e sabemos respeitar as nossas obrigações, sabemos perfeitamente os objectivos que quem representamos colocou em nós, não são metas de curto prazo nem estamos aqui de passagem, formam horizontes mais amplos, são pisadas duradouras para que alguém se lembre de nós como somos é com a nossa identidade própria, com vontade de superar-nos a nós próprios, sem subterfúgios. Esta "taça" serviu-nos) para algo, para reforçar o nosso trabalho e para reforçar o trabalho que se avizinha, espero que para outros também tenha servido, nem que seja para fins (mais ou menos) "Políticos", e que isso valha a pena.
Remate forte... ;-) Toma lá, más é verdade e o que é verdade tem muita força...
Bem haja a todos,
Carlos A. Vidal

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